sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Espirulina


A ESPIRULINA é um tipo de alga que cresce em águas alcalinas ricas em minerais. Contém clorofila A, carotenóides e pigmentos azuis. É uma das maiores fontes vegetais de vitaminas B12 (esta vitamina evita transtornos no sistema nervoso e anemia provocada por uma dieta vegetariana desbalanceada).

Seu principal efeito é desintoxicar o organismo devido às impurezas provenientes de uma má alimentação. Atua como supressor de apetite devido à presença relativamente alta de fenilalanina, que atua sobre o centro do apetite. Quando ingerida com o estômago vazio reveste sua parede, produzindo uma sensação de plenitude gástrica e saciedade, auxiliando na obesidade proporcionando um suave emagrecimento sem perdas nutricionais. Importante na dieta dos atletas, evita câimbras e fadiga muscular, repondo cálcio, vitaminas c sais minerais

Propriedades medicinais: adelgaçadora, analgésica, anticolesterol, antiinflamatória, antioxidante, antiviral, cicatrizante, citostática, lipolítica, nutritiva, queratolítica, refrescante, rejuvenescedora, remineralizante, revigorante, revitalizante, tônica.

Indicações: complemento alimentar, dieta de emagrecimento, fadiga, artrite, prevenir doenças cardiovasculares, hipertensão, TPM, AIDS, cancro, acelerar a produção de anticorpos, repor flora intestinal (Lactobacilos); anemia, envenenamento, imunodeficiência.

A Spirulina maxima é uma alga unicelular com células grandes, identificada nas rochas sedimentares com 3,5 bilhões de anos. e que cresce em águas alcalinas ricas em minerais, como no lago Tschad, na África e em formações lacustres próximas ao lago Texcoco, no México.

Contém clorofila A, carotenóides e pigmentos azuis (ficocianinas).

Pertence ao grupo das algas verde azuladas ou cianobactérias.

Possui alto índice de digestibilidade com uma absorção de 85%.

É uma micro-alga excepcional, a mais rica fonte de proteínas do reino vegetal, rica também em clorofila, minerais.

Deve ser consumida, de 15 a 30 minutos antes das refeições, por crianças, idosos e por quem come pouca verdura crua.

Espirulina é um complemento dietético, protéico e vitamínico com propriedades farmacológicas.

Atua como supressor do apetite devido a presença de fenilalanina, que atua sobre o centro do apetite.

Quando ingerida com o estômago vazio reveste suas paredes, produzindo uma sensação de saciedade, que induz a pessoa a comer menos.

Pode, portanto, auxiliar no tratamento da obesidade, sem perdas nutricionais.

A vitamina B12 evita transtornos no sistema nervoso e anemias provocadas por dieta vegetariana desbalanceada ou carencial.

A biotina e ferridoxina auxiliam na eliminação de CO2, impedindo a formação de ácido pirúvico e ácido lático (originários da decomposição dos açúcares em ausência de oxigênio); situação comum em exercícios físicos prolongados.

Deve ser usado como auxiliar na dieta dos atletas, evitando câimbras e fadiga muscular.

Segundo Frei Toribo de Bonavente, em 1524, os Astecas preparavam um caldo de Spirulina que era adicionando a tudo o que comiam.

Segundo pesquisas no Japão, França e EUA, é uma das maiores descobertas no campo da alimentação naturalista deste século.

Bem-vindos ao admirável mundo da engenharia alimentar. Na Fundação Universidade Federal de Rio Grande (Furg), extremo sul do Brasil, dois tipos de bolo de chocolate estão competindo no teste de sabor. As voluntárias tomam goles de água entre um pedacinho e outro para apurar o paladar. Mas na hora de escolher o melhor, nenhuma dúvida.

"O bolo que ela mais gostou foi desenvolvido no nosso laboratório e possui espirulina na sua composição. O outro bolo, que ela não gostou tanto, é comercial, comprado em qualquer supermercado", revela o coordenador da pesquisa, o engenheiro de alimentos Jorge Alberto Vieira Costa.

A voluntária diz que não sabia que o bolo tinha alga na composição. "Em nenhum momento o gosto foi parecido com alga. Tinha gosto de bolo normal", diz.

Normal? Que nada. O principal ingrediente do bolo veio das águas de uma área de preservação ambiental, a 500 quilômetros de Porto Alegre. No Banhado do Taim nasce a Lagoa Mangueira, onde pesquisadores identificaram a presença de um dos alimentos mais completos já descobertos pelo homem: a microalga espirulina.

"Ela tem 60% de proteína. É um dos alimentos com maior potencial protéico que existem. Só para comparação, a carne tem 20% e o leite tem 12%", diz o coordenador da pesquisa.

A espirulina é mesmo poderosa. E na estufa da Furg, os pesquisadores conseguem produzir 50 quilos por mês. Na colheita, a cada três dias, dá para ver como se reproduzem rapidamente. Depois, são mais algumas horas no processo de secagem até saírem do forno com cara de palitinhos verdes.

E a espirulina que chegou ao laboratório em forma de palitinhos foi transformada em sopa, bolo, gelatina e até em barrinhas de cereais. A diferença entre esses produtos e aqueles que se encontram nas prateleiras dos supermercados vai além da cor verde, típica das algas. É que esses alimentos ajudam a reduzir o colesterol e a prevenir doenças cardíacas.

O coordenador da pesquisa explica: a espirulina tem uma grande concentração de sais minerais e de vitaminas e é uma poderosa fonte de ômega 3 e ômega 6. Mas o sucesso está mesmo no índice de aproveitamento: nosso organismo consegue absorver 90% dos nutrientes da espirulina.

"Se eu ingerir 1 quilo de soja, vou aproveitar menos de 500 gramas. Se eu ingerir 1 quilo de massa, vão ser aproveitados 700 gramas. Se eu ingerir 1 quilo de espirulina, mais de 900 gramas vão ser aproveitados pelo meu organismo", diz Jorge Alberto Vieira Costa.

A espirulina faz bem porque é rica e muito simples. Exige pouco das enzimas na hora da digestão, deixando-as livres para se dedicarem à renovação das células. Os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 funcionam como antiinflamatórios naturais.

"Seriam úteis na prevenção de doenças cardiovasculares, arteriosclerose, diabetes, doenças neurovegetativas, neuropatias diabéticas, tudo o que fosse decorrente de doenças circulatórias. Além disso, ela melhora quadros de anemia, porque contém ferro e vitamina B12, que são constituintes minerais que combatem a anemia. Então, ela pode ser bastante útil em casos de desnutrição e subnutrição", esclarece a nutricionista Maribel Melos.

Quem diria! Tanto poder escondido nas águas. Mas o Brasil ainda não produz comercialmente a espirulina.

"Países desenvolvidos, onde a quantidade de sol é menos de seis meses ao ano e as temperaturas não são adequadas, produzem essas algas e exportam para nós. E nós compramos as algas a um preço bem alto", diz Jorge Alberto Vieira Costa.

Graças à pesquisa, a Furg já produz espirulina em escala suficiente para marcar presença na merenda escolar de Rio Grande. Em abril, essas delícias deixarão de ser exclusividade do laboratório.

"Algumas crianças já provaram e não fizeram cara feia. Tem alga sabor chocolate, canela, limão, kiwi. A gente consegue fazer isso ao gosto do freguês", conta Jorge Alberto Vieira Costa.

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